Os joelhos sofrem ao correr: na velocidade, suportam de 20 a 25 vezes o peso do atleta a cada toque dos pés no solo. Não significa, porém, que o esporte é culpado por tendinites, artroses e lesões. Ao contrário: a atividade física faz bem para as articulações.
É o que diz o estudo feito por médicos pesquisadores na Austrália e publicado, no mês passado, pelo American College of Sports Medicine (Academia Americana de Medicina Esportiva).
O grupo analisou os resultados de 28 pesquisas anteriores sobre atividade física e articulação do joelho e concluiu que a relação entre esses fatores é positiva: há o aumento de volume da cartilagem e que causa desgaste mínimo em casos de artrose (erosão da cartilagem, que expõe as extremidades do osso, causando dor e inflamações).
“A pesquisa faz uma meta-análise, classificando estudos anteriores em uma escala de relevância científica. Ela mostra que o problema não está na corrida, mas em como ela é praticada”, diz o médico ortopedista e coordenador do departamento médico do Atlético, Edilson Thiele.
“Enquanto estudos anteriores avaliavam o impacto da atividade física sobre o joelho como um todo, consideramos o impacto nas diferentes partes da articulação”, destaca a médica Flavia Cicuttini, chefe da unidade de músculo-esqueleto da Escola Pública de Saúde e Medicina Esportiva da Universidade de Monash, na Austrália, uma das autoras da pesquisa.
O resultado ratifica o que especialistas da medicina esportiva já vinham preconizando: a atividade física faz bem. No caso da corrida, auxilia no condicionamento e no fortalecimento da musculatura, o que estabiliza a estrutura da articulação e impede rotações não naturais ao movimento, destaca o coordenador do curso de pós-graduação em Traumatologia Esportiva e Artroscopia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), João Luiz Vieira da Silva.
A crença de que a corrida machuca os joelhos, dizem os dois especialistas, surge do modo que o esporte é praticado por muitos: sem adequação.
“Acontecem por erro de treinamento e não pela atividade física”, avalia Thiele. Há, claro, os fatores de predisposição a se machucar, como sobrepeso, idade (em que há diminuição de força e resistência muscular), sexo, desequilíbrio anatômico.
Há, ainda, os fatores externos, como escolha incorreta de equipamento (leia-se tênis), local inadequado de treino, falta de condicionamento físico ideal e, o mais grave: a ausência de conhecimento sobre a própria capacidade física e o respeito a um treinamento programado.
“Muitos não respeitam seus limites fisiológicos. Os joelhos são muito exigidos na corrida e alguns atletas esquecem que treinamento inclui o descanso. É quando o organismo se adapta a um novo esforço para chegar a um patamar mais elevado”, diz Silva.
Outra palavra-chave para que a corrida tenha efeitos positivos sobre o joelho, destaca a fisioterapeuta e professora de Biomecânica do curso de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) Cynthia Dutra, é “regularidade”: a corrida tem de ser uma prática, não um modismo. “Pelo menos três vezes na semana, com ao menos 45 minutos de duração. Não vou falar de intensidade, porque isso depende da condição de cada indivíduo”, fala.
Outra recomendação é a escolha de um calçado adequado, para absorção de parte do impacto, defende.
2 comentários:
E aí Dalton, bom post. Legal, estou treinando 4 vezes a corrida e as vezes tiro folga pelo cansaço, descansar é mto importante p o treinamento. Boa corrida em Floripa. E vamos firme na meia Rio. Farei a de Foz tbm. Abraços
E aí Dalton, blz. Se for correr a meia de Foz entre em contato comigo.
falow, abraços.
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