terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Uma fraude chamada Power Balance

Li este artigo e achei interessante.
Fonte:  http://www.ndig.com.br/
                                             Uma fraude chamada power balance
É até injusto colocar esta matéria na categoria chindogus, já que estes, apesar de também não servirem para nada, são criados com o intuito de fazer humor. O título também poderia ser diferente, algo assim como "Usando a pseudociência com fins lucrativos". Todos já devem ter visto alguma das pulseiras mostrada na imagem à direita, ou inclusive é bem possível, para seu azar, que use uma neste momento.
                      O que é uma "power balance"? Pois é... é uma pulseira feita com silicone e PET, o mesmo plástico ordinário usado pelas garrafas de refrigerante, ainda que costumam publicitá-la como feitas com MYLAR, que é o nome dado ao filme de PET, para que pareça que você está usando algo no mínimo parecido à kriptonita, mas não, é plástico e do pior.
                    No miolo da tal pulseira, um holograma que, segundo seus criadores, vibra em uma frequência benéfica procedente de materiais naturais conhecidos que passa a seu corpo "restaurando" o equilíbrio eletromagnético e alinhando a frequência de suas células com as da pulseira. Há ligeiras variações de como o holograma funciona, mas em essência é essa "baboseira".
                   E daí, o que acontece quando se usa a pulseira? Pois basicamente você se converte em um super-homem. Segundo seus vendedores este pedaço de plástico inerte tem a capacidade de melhorar a força e a energia, o equilíbrio, a resistência, o tempo de recuperação, a flexibilidade, a concentração e ao mesmo tempo reduzir o estresse, as lesões, a fadiga e um monte de outras coisas mais.
Imagine só que você está dentro de um RPG, pois bem... a pulseira é o dispositivo que suscitaria um +10 em todos esses campos. Mas também suporia um +100 em estupidez porque obviamente acreditar que o uso de um holograma no pulso pode gerar super poderes é o mesmo que supor que o holograma de meu VISA, que tem um pombo, permitiria sair voando pela janela como o Superman.
                  Não critico seu efeito placebo, mas se alguém ingenuamente tem a necessidade de crer em algo, pois que corte um anel de uma garrafa de refrigerante e coloque no pulso, o efeito vai ser o mesmo.
A fraude custa 150 reais em média, de modo que neste momento os criadores do invento devem estar em um iate de cinco andares rumo a Bahamas enquanto perco meu tempo tentando acreditar que uma pessoa, que saiba somar 1+1, possa acreditar nos poderes de um falso produto só porque alguém teve a feliz e ladina ideia de associá-lo com palavras como eletromagnetismo, frequência, ressonância e célula. Ingenuidade tem limite!

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