segunda-feira, 16 de abril de 2012

Caminhada em velocidade rápida pode ajudar a preservar a memória

O quão rápido você caminha pela rua? A reposta para essa pergunta pode ajudar a definir as chances de sofrer alguma demência no futuro. É o que diz uma pesquisa desenvolvida por neurologistas americanos para a Reunião Anual da Academia Americana de Neurologia.
Os pesquisadores analisaram cerca de 2.400 homens e mulheres com idade média de 62 anos. Nenhum dos indivíduos havia sofrido qualquer tipo de declínio mental ou acidente vascular encefálico quando o estudo começou. Os médicos mediram a força do aperto de mão dos participantes e a velocidade de caminhada, além de fazerem tomografias do cérebro e diversos testes de memória.

Após onze anos do início da pesquisa, 79 pessoas sofreram derrame ou ataque isquêmico transitório - um tipo de derrame com sintomas passam em menos de 24 horas - e 34 pessoas apresentaram algum tipo de demência. O risco de problemas de memória em homens e mulheres que tinham velocidades mais lentas caminhadas foi 1,5 vezes maior do que aqueles que caminhavam mais rápido.
O caminhar mais lento também foi associado a um menor volume cerebral e um pior desempenho em vários testes de memória, linguagem e tomada de decisão. As pessoas com apertos de mão fortes também apresentaram um maior volume do cérebro e se saíram melhor nas avaliações de raciocínio e memória. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender o motivo dessas relações.
Velocidade ao caminhar pode aumentar a expectativa de vida

Outra pesquisa, realizada pelo Concord Hospital, na Austrália, indicou que idosos que caminham em velocidade de pelo menos três quilômetros por hora tendem a viver mais do que idosos que andam em um ritmo mais lento. Segundo o estudo, velocidades mais lentas de andar na velhice foram associadas a um maior risco de morte, enquanto passos mais rápidos relacionam-se a uma vida mais longa.

Isso ocorre porque homens idosos que andam rapidamente são, provavelmente, mais saudáveis do que os que se deslocam lentamente. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 1.700 homens australianos com 70 anos ou mais. Cerca de metade deles nasceu na Austrália, 20% eram italianos, e o restante, de outros países. Cada homem foi convidado a caminhar em seu ritmo normal uma distância de seis metros.

Durante o estudo, que durou cinco anos, 266 homens morreram. Os pesquisadores verificaram que a incidência de morte foi maior em indivíduos que andavam em velocidade de 1,8 quilômetros por hora ou menos. Já os homens que andavam mais rápido do que dois quilômetros por hora tinham probabilidade menor de morrer. Todos os 22 participantes que caminhavam em um ritmo de pelo menos três quilômetros por hora ainda estavam vivos cinco anos depois.



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